Cinema ainda emociona!

Humphrey Bogart e Ingrid Bergman em "Casablanca"

Uma noite fria de sexta-feira. Fila formada diante do cinema em noite de estréia!

Homens, mulheres, casais com ou sem filhos, grupos de crianças, adolescentes, idosos... trajando suas melhores roupas, todos estavam lá e queriam fazer parte daquela noite especial. A sala de espera com ar vintage nos leva aos anos 60, quando de sua inauguração, a maior sala de cinema do sul do Brasil, contavam alguns! Glamourosa, imponente, impecavelmente decorada e com equipamentos alemães de primeira linha. 

Após o apogeu, a queda primeiramente causada pelo impacto do videocassete, e mais tarde pelos DVDs e equipamentos de Home Theatre que trouxeram a alta definição de audio e video para dentro de nossos lares, nos afastando da má qualidade em que se encontravam nossos cinemas, sucateados e sem o glamour de outrora.

Mas, nesta noite descrita, as mais de mil pessoas que preenchiam cada centímetro do cinema, queria comemorar algo a mais. Além do glamour, da beleza, da imponência, dos equipamentos de última geração em 3D, queriam comemorar um renacimento, uma nova era. 

Talvez nem os donos do Cine Marrocos tenham noção, mas ao final do filme - nem tão sensacional assim como nos tempos de ouro de Casablanca, provavelmente o filme que inspirou o nome da casa - os aplausos emocionados da platéia indicavam muitas coisas. Indicavam que o herói havia vencido, que ver filme em 3D é espetacular principalmente pela primeira vez, que Lages tem o maior cinema em 3D do país, mas principalmente demonstraram que cinema de qualidade faz falta e ainda emociona. 

CAIO